BTCA e PROEXT apresentam espetáculo de dança Urbis in Motus na Praça das Artes da UFBA

Estreado no último mês de novembro, o mais novo projeto artístico do Balé Teatro Castro Alves (BTCA) inicia um circuito de apresentações em universidades de Salvador. No dia 31 de janeiro (quarta-feira), às 19h, a Companhia Pública de Dança da Bahia leva Urbis in Motus para a Praça das Artes da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Campus de Ondina, integrando o Projeto PONTOS CRÍTICOS em extensão, idealizado e desenvolvido pela PROEXT/UFBA.

Interação de performance e coreografia ao vivo, videomapping e intervenção urbana, a criação parte de temas urgentes que resguardam a diversidade e mobilizam lutas de minorias sociais: misoginia, racismo e LGBTfobia – pautas oportunas de serem refletidas com o público de estudantes acadêmicos em bate-papos após as apresentações.

Urbis in Motus (“cidade em movimento”, em latim) é uma proposição de Davi Cavalcanti (VJ Gabiru) juntamente com o diretor artístico do BTCA, Antrifo Sanches, e a assessora artística da companhia, Dina Tourinho, com o suporte do Núcleo de Pesquisa do Balé. Dois artistas-pesquisadores foram convidados para desenvolver as coreografias com a companhia: os professores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e diretores teatrais Djalma Thürler, instigado pelas questões de LGBTfobia, e Meran Vargens, com o tema da misoginia. Já a pauta do racismo é abordada em um videodança, exibindo um solo do bailarino Renivaldo Nascimento (Flexa II).

Para este trabalho coletivo e reflexivo, o BTCA e sua equipe, diretores e coreógrafos, assim como os criadores do figurino e da trilha sonora, atuaram de forma dialógica e imersiva por um período de três meses. Questionar intolerâncias e acionar diferentes linguagens artísticas para expressar poeticamente a defesa das liberdades foram os guias desta produção.

ARGUMENTO – Se, por um lado, bilhões de smartphones, computadores e outros dispositivos estabeleceram um fluxo de comunicação global, a tão conceituada “aldeia global”, por outro lado, tem avançado em todo o mundo uma onda de conservadorismo – seja pelas zonas de guerra, regimes totalitários, fundamentalismos religiosos, ditaduras do mercado de capitais, avanço de ideias fascistas, retrocesso de direitos civis, sociais e trabalhistas. Distâncias foram encurtadas, mas vê-se emergir um paradoxo sobre a ideia de solidariedade. As fronteiras se enrijecem, intolerâncias fi cam nítidas e a negação do outro toma o lugar da celebração e da vivência da diversidade, o que ainda ressoa no esvaziamento dos espaços coletivos de convivência nas cidades. “Urbis in Motus” propõe o diálogo entre estas tantas ideias, colocando a produção artística em seu papel fundamental de liberdade, unindo multimídia e interatividade para destacar aquilo que temos de humanidade. O BTCA vai para as ruas, para mais perto das pessoas, se alinhando a um movimento mundial de criação de obras contemporâneas que dialogam com o patrimônio histórico-arquitetônico, discutem o acesso à arte e o próprio espaço da arte no cotidiano das cidades e das pessoas.

BTCA – Companhia pública de dança contemporânea fundada em 1981, o BTCA tem o dançarino, coreógrafo, produtor e professor Antrifo Sanches como diretor artístico. Trata-se de corpo artístico estável mantido pelo TCA, Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA).

SERVIÇO

O quê: PONTOS CRÍTICOS em extensão com Balé do Teatro Castro Alves: URBIS IN MOTUS | misoginia, racismo e LGBTfobia combatidos pela Dança

Concepção: Davi Cavalcanti (VJ Gabiru), Antrifo Sanches e Dina Tourinho

Direção Coreográfica: Djalma Thürler, Meran Vargens e Renivaldo Nascimento (Flexa II)

Onde: Praça das Artes do Campus de Ondina da Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Quando: 31 de janeiro (quarta-feira), 19h

Classificação indicativa: 12 anos

ENTRADA FRANCA